sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Latas de refrigerante em alto relevo evitam o uso de tintas


fonte: Ecodesenvolvimento.org
Para excluir as tintas da etapa de fabricação das latinhas de bebidas, o designer Harc Lee projetou uma embalagem que utiliza o próprio alumínio para criar um relevo capaz de projeta a marca sem precisar imprimir absolutamente nada. Além de chamar a atenção dos consumidores, essas latinhas ajudam a reduzir os impactos ambientais causados pelo processo de coloração.

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Produção Gráfica Limpa - Rotogravura

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Disciplina Metériais e Processos Gráficos
Professora: Erica Ribeiro
Data: 06/07/09
Alunos: João P. L. Costa, João Uéverton Silva Santos

Produção Gráfica Limpa

Dentro do atual mercado da produção gráfica, diversas fontes têm gerado uma crescente demanda pela revisão dos processos e técnicas utilizados nesse setor produtivo, a fim de adequá-los as necessidades ecológicas e econômicas da produção. Seja por parte dos consumidores que exigem uma maior responsabilidade ecológica, dando preferência aos fornecedores que possuem políticas de preservação ambiental mais apropriadas, ou pela conscientização do próprio fornecedor a respeito do meio ambiente, essa demanda, por uma “Produção Gráfica Limpa” existe.

Um dos principais processos no mercado de produção gráfica é a Rotogravura. Ela é um método de impressão direta de alta velocidade, que consiste do uso de um cilindro metálico com um grafismo reticulado gravado em baixo relevo para a impressão na superfície desejada, é a mais utilizada para a produção de impressos de alta tiragem e como as técnicas de impressão ainda possui bastante espaço para o desenvolvimento ecológico.

Para colocar em prática uma produção desse tipo, faz-se necessário o desenvolvimento de uma metodologia de produção sustentável, tanto pelo lado do produtor quanto pelo fornecedor. Uma metodologia sustentável implica numa atuação consciente dos fatores de que dependem e dos que são afetados pelas implicações desta atuação, tanto na ordem social, quanto econômica e ecológica. Se tratando da Rotogravura, e de todos os processos produtivos de maneira geral, o primeiro passo é o conhecimento das etapas do processo. São elas:

Pré-Impressão
A etapa de pré-impressão na rotogravura consiste basicamente nos processos utilizados para confecção dos cilindros (Galvanização). O cilindro é a principal unidade de impressão nesse processo. Para cada cor existente, um cilindro é utilizado. Na galvanização, o cilindro é revestido com cobre através de banhos eletrolíticos preparando-o para a gravação.

Impressão
Sua impressão é feita em máquinas rotativas (daí que vem o nome Rotogravura), que são alimentadas por folhas ou por bobinas. Nessa parte do processo, o cilindro é instalado na máquina e "mergulhado" em um recipiente com tintas e solventes de secagem rápida por evaporação. Existe também uma peça chamada racla que tem o papel de remover o excesso de tinta do cilindro para, assim, poder imprimir o suporte que vai entrar em contato (plástico, papelão, papel, etc.) por pressão entre dois cilindros.

Pós-Impressão
A etapa de pós-impressão é etapa onde os acabamentos e outros processos posteriores à impressão são realizados. As montagens dos produtos e embalagens são feitas, os impressos são cortados e acabados.

Ao se conhecer os pormenores das etapas de produção no contexto específicos onde será empregado o processo, é possível julgar quais procedimentos são mais adequados a cada situação. Segundo o Guia Ambiental da Indústria Gráfica, esses procedimentos podem ser feitos de duas formas:

1ª - Através da minimização dos impactos oriundos do processo, reduzindo o consumo de papel, energia, água e outras matérias primas. Esses procedimentos além de demandarem menor custo para instalação, ainda permitem redução de custos e economia na produção.

2ª - Utilizando-se técnicas de fim de tubo para o tratamento e disposição final dos resíduos gerados. Essas técnicas implicam no tratamento de resíduos no fim do processo de impressão. Apesar de mais custosas, essas técnicas também podem permitir geração de renda ao final do processo, como no caso da recuperação de solventes.

O Parque Gráfico do Grupo Abril, o maior da América Latina, ao longo dos anos, vem contribuindo para a economia e conservação de diversos recursos ambientais. Entre eles está o sistema recuperação de solventes, que faz a recuperação do solvente toluol da área de impressão de rotogravura (470.000 litros/mês), atendendo a legislação vigente de modo a evitar a poluição atmosférica e diminuindo a utilização de recursos naturais não renováveis, como a compra de solvente para a tinta de rotogravura. (http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/abril/patrocinador_240461.shtml)

Design e o Desenvolvimento Sustentável
A discussão sobre a sustentabilidade e seus aspectos ecológicos, para qualquer área é um assunto muito abrangente. Essa grande preocupação com a manutenção dos recursos ambientais estimula a sociedade atual a fazer intensos debates para encontrar uma possível solução para o problema. Como resultado entre muitas conferências realizadas surgem muitos questionamentos sobre a promoção do desenvolvimento, tendo em vista a escassez dos recursos. São estes questionamentos que ajudam a formar o conceito de ecodesenvolvimento, ou desenvolvimento sustentável, que é um processo de criação e de transformação do meio com a ajuda de técnicas ecologicamente corretas. É nesse ambiente que o design gráfico pode exercitar um importante desempenho de diálogo, de comunicação e de colaboração.

O papel do design nesse processo é articular os objetivos da sustentabilidade na metodologia projetual, para que os processos de produção, com a ajuda de inovações e tecnologias adequadas, sejam baseados no uso dos materiais, da energia e nos cuidados com os resíduos e o lixo. Mas o desafio de realizar essas atividades é grande. O designer deve ter o conhecimento dos aditivos e acabamentos que causam emissões tóxicas e danosas, tais como, compostos de toluenos nos produtos e vernizes. Em seus trabalhos ele pode utilizar processos menos poluentes, com redução da emissão de COV (compostos orgânicos voláteis), como podemos exemplificar o processo que utiliza as tintas e vernizes para rotogravura à base de água. É aconselhável também a utilização de tintas à base de óleos vegetais, especificamente as produzidas com soja, que considera uma alternativa eficaz na composição de tintas de impressão para embalagens, visto que os compostos químicos como chumbo, mercúrio, e outros materiais além de ser cancerígenos e neurotóxicos, apresentam uma ameaça à poluição da água e a saúde conseqüentemente.

São muitas as ações do designer gráfico para uma produção mais limpa, que devem ser inseridas para ajudar todos os setores produtivos em suas atividades dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável. Não só os designers, mas também as empresas e os fornecedores de serviços gráficos, têm que estar cientes de que devem assumir condutas e procedimentos que vão melhorar de forma continuada o desempenho ambiental de seus projetos. De acordo com Rommel Kunze Diretor Tecnológico da KCM - Editora e Gráfica, em resposta a entrevista via formulário web, no dia 30/06/09 feita por nós, "hoje em dia o mercado já começa a ver com bons olhos esse tipo de produção, pois grandes coorporações, principalmente estrangeiras, estão solicitando certificações, fazendo com que com o tempo só as certificadas estarão no mercado." Baseando-se nisso, o designer assume um papel importante, não se ocupando somente de características éticas formais, mas interferindo e resolvendo problemas de caráter tecnológico, buscando, assim, novas formas de reciclar e reutilizar os materiais, além de elaborar soluções tecnológicas compatíveis com a preservação do meio ambiente.

Referências:
Guia Ambiental da Indústria Gráfica
http://www.cetesb.sp.gov.br/Tecnologia/producao_limpa/documentos/guia_ambiental.pdf

FERNANDES, José André. Recuperação de Solventes. Revista Rotoflexo e Conversão, São
Paulo, Janeiro/Fevereiro de 2008 - Nº 42 - Ano 11. Disponível em:
http://www.maipoca.com/arquivosPGlimpa/PGlimpa-revistaROTOFLEXO_N42.pdf
Acesso em: 03 de Julho de 2009

Parque Gráfico: Desenvolvimento Sustentável
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/abril/patrocinador_240461.shtml

domingo, 5 de julho de 2009

Benefícios do uso de tinta à base d'água no sistema de impressão flexográfico



Poster sobre Produção Gráfica Limpa na Flexografia.
Você pode baixar o poster no formato A4, A3 ou digital e distribuí-lo em empresas, escolas e cursos da área gráfica. Divulgue esta idéia!

Download:
  • Poster A4 .PDF (236 KB) Download
  • Poster A3 .PDF (236 KB) Download
  • Visualização em tela .JPG 1280x980 px (607 KB) Download

Trabalho acadêmico realizado pelo estudante de design Marcos Borges para a disciplina Materiais e Processos Gráficos, lecionada pela professora Érica Ribeiro.
Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Produção Gráfica Limpa - Offset

Universidade Federal da Bahia
Escola de Belas Artes
Materiais e Processos Gráficos
Professora: Erica Ribeiro
Data: 29/06/09
Alunos: Felipe Victor; Marcelo Oliveira

Quando se fala em produção gráfica limpa, não se pode esquecer que este tema é derivado de um outro já muito discutido entre designers, produtores gráficos e outros profissionais da área: Sustentabilidade. Práticas sustentáveis são ações que visam gerar menor impacto ambiental, sem esquecer, também, das questões sociais e econômicas envolvidas. Mas de que forma estas práticas podem ser efetivamente vivenciadas no dia-a-dia de uma gráfica? Será que a produção continua economicamente viável após a adoção de práticas sustentáveis?


Primeiramente veremos as etapas da produção gráfica e o que se pode fazer para que se diminuam os impactos ambientais causados pelas práticas incorretas.


Etapas da produção gráfica


a) Pré-impressão: A pré-impressão, nos dias de hoje, vai do processo de criação de uma arte até a transformação deste arquivo ainda “bruto” em um arquivo pronto para ter seu grafismo transferido para uma matriz de impressão. Engloba os processos de criação, arte final, processamento de reprodução de imagem, preparação de prova e confecção da matriz.


b) Impressão: A impressão é a parte fundamental da produção gráfica. É quando a arte passa da matriz, produzida na pré-impressão, para um suporte. A impressão pode ser sem tinta, através de processos fotoquímicos, termoquímicos ou eletroquímicos, e com tinta pelos processos sem forma: jato de tinta, transferência térmica (elcográfica, cera, sublimação tinta), eletrostática (eletrofotográfica, eletrográfica, deposição de íons, magnetográfica); e através dos processos com forma: relevogravura (flexografia, tipografia, letterset, xilogravura), planográfica (litografia, offset), encavográfica (rotográfica, calcográfica, tampográfica) e permeográfica (serigráfica, estêncil).


c) Pós-impressão: A pós-impressão consiste nas etapas de acabamento, conversão e distribuição do material produzido. Tem além de um caráter estético, a função de proteção do material. O acabamento engloba o corte, refile, gofragem, revestimento, estampagem e dobradura. A conversão é o conjunto colagem, encadernação, laminação, corte e vinco, picotagem, puncionamento e perfuração. A distribuição envolve a etiquetagem, o deslocamento, empacotamento, expedição e a armazenagem do material.


Aqui, falaremos do sistema de impressão Offset e sua relação com a produção gráfica limpa.


O sistema de impressão Offset é basicamente uma evolução da litogravura, se utilizando do princípio de repulsão água-óleo.

Para que se possa ter uma idéia das possíveis modificações no sistema offset para que ela se torne mais coerente com as questões ambientais, devemos ter o conhecimento dos principais insumos deste processo gráfico.

O Guia Ambiental da Indústria Gráfica (G.A.I.G.) cita como insumos a energia, água e algumas matérias primas (dentre elas estão as resinas, óleos, pigmentos, secantes e ceras), além do suporte, da forma e outras matérias primas ainda mostradas no guia. Você pode ver detalhadamente quais são os insumos na página 15 do Guia.

Aos elementos utilizados na indústria gráfica em interação com o meio ambiente, podendo causar impactos maléficos ou benéficos ao meio ambiente, dá-se o nome de “aspectos ambientais”. O aspecto ambiental significativo tem ou pode ter impacto ambiental, que, por sua vez, é a modificação do meio ambiente.

No fim da produção, grande parte dessa matéria prima se torna resíduo e vai para o lixo. O grande problema é que a composição de alguns materiais é demasiadamente tóxica, não podendo ser simplesmente despejado no meio ambiente. A intoxicação de lençóis freáticos e a contaminação do solo podem ser causadas pelo despejo de lixo tóxico no meio ambiente, por exemplo.

Segundo o Guia ambiental da indústria gráfica, existem duas maneiras de reduzir a ocorrência de aspectos ambientais. Uma delas seria na economia e na minimização de poluentes por meio técnicas de produção mais limpa e a outra através de um sistema de fim de tubo, para tratamento e disposição final dos resíduos gerados (veja na página 19 do guia).

A partir das atividades executadas pela indústria gráfica, é possível reduzir ou até mesmo eliminar resíduos na produção através da reciclagem ou da reutilização de materiais. Isso é chamado de Produção mais limpa.


A seguir algumas etapas dessa técnica:


a) Estoque e manuseio: Normalmente as matérias-primas utilizadas pela indústria requerem algumas preocupações a respeito das condições de armazenamento. Materiais sensíveis a luz, de fácil oxidação, sensíveis à umidade, prazos de validades (que podem ser curtos e podem gerar perda de matéria-prima) são as principais causas de perda de materiais nesta fase. O guia ambiental da indústria gráfica (G.A.I.G.) apresenta nas páginas 38 e 39 algumas condutas para que não aconteçam essas perdas.

b) Pré-impressão:

b.1) Processamento da imagem: A revelação é o processo que cria mais resíduos. Logo as medidas são voltadas principalmente para o aumento da vida útil dos banhos, a possibilidade de reuso e a substituição da matéria-prima.

b.2) Processamento da forma: Para o processo de revelação, são validas as recomendações do item b.1, no caso do filme, além destas, o G.A.I.G. apresenta outras recomendações especiais nas páginas 41 a 43.

b.3) Acertos da impressão: O principal problema dessa etapa é a regulação das máquinas. É gasto muito papel para acertar a impressão. Utilizar corretamente os acessórios de automação da máquinas podem resultar num aumento da produtividade e diminuição dos custos. Mais informações consultar o G.A.I.G. nas páginas 43 e 44.


c) Impressão: Nesta fase as operações de limpeza dos equipamentos constituem uma importante fonte de aspectos ambientais significativos. Cuidados com a manutenção dos equipamentos de impressão e com o desperdício de tinta podem minimizar os impactos ambientais. Nas páginas 44 e 45 do G.A.I.G. se pode encontra medidas para reduzir esses impactos.


d) Limpeza dos equipamentos: A cada mudança no material impresso, há uma necessidade de acertos na máquina. Desse modo se torna bastante relevante a etapa de limpeza dos equipamentos. A redução de freqüência dessa limpeza é que se configura num processo de produção mais limpa.


Ora, uma quantidade tão grande de medidas a serem adotadas e na maioria dos casos um investimento ainda maior em busca de uma produção mais limpa, e a única resposta é o meio ambiente mais sustentável? Claro que não. Na edição 98 da Publish, uma matéria sobre sustentabilidade cita o que o presidente da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), Reinaldo Espinosa, pensa sobre o assunto. "Pela experiência que temos até agora, prejudicar o meio ambiente sai mais caro do que não prejudicar. Compensa, inclusive economicamente. Eu acredito que as empresas adotam as certificações em função da questão ambiental, mas também atrelada à questão mercadológica. Ninguém vai adotar uma certificação que o público não conhece, e, portanto, talvez, não seria tão valorizada quanto aquela que é a mais familiar. Hoje é até uma exigência do cliente se ter alguma certificação, as empresas querem ter sua marca associada a essa idéia. Há um aumento expressivo do número de empresas certificadas e em fase de certificação."

Bom, este tipo de conscientização não chegou com esse vigor que cita o Reinaldo Espinosa. Por E-mail, conversamos com o Designer Gráfico Walter Mariano e nota-se o quanto o mercado baiano tem a crescer nesse aspecto. Walter trabalha principalmente com impressos e, segundo ele, não tem como influenciar a execução dos trabalhos num sentido menos prejudicial no quesito ambiental, justamente por não ter contato com produtores que tenham tal conscientização. A falta de trabalhos nesse sentido se dá por uma falta de opções no mercado baiano. É aí, que você (designer, produtor gráfico ou cliente) pode fazer o quadro mudar.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

NORMA ABNT 15448-1 e 15448-2

Embalagens Plásticas Degradáveis e/ou de Fontes Renováveis

Entrou em vigor, no dia 14 de Fevereiro de 2008, a norma da ABNT, que traz a definição do que são embalagens plásticas biodegradáveis e recicláveis. A norma é composta por duas partes, a NBR 15448-1 e NBR 15448-2, é intitulada "Embalagens Plásticas Degradáveis e/ou Fontes Renováveis". Ela foi elaborada por uma comissão de estudo composta por 70 representantes de entidades, de empresas do setor plástico, laboratório, universidades, centro acadêmicos entre outros, e estabelece, entre outras coisas, que os plásticos pós-consumo, mesmo sendo biodegradáveis, sejam destinados a compostagem, para que se possa aproveitar totalmente o beneficio da biodegradação em prol do meio ambiente.

FONTE: Revista ROTOFLEXO & CONVERSÃO, N°42 - ANO 11 - JANEIRO/FEVEREIRO - 2008, p.11. <www.rotoflexo.com.br>